Todos passam aqui Tipos diferentes escolhem o mesmo lugar para se reunirem e confraternizarem, porém cada um preserva seu espaço e sabe respeitar o do outro.
A indecisão perante a encruzilhada De acordo com Stuart Hall, com o advento da pós-modernidade, a identidade do homem passou por um processo de fragmentação.
Entrevista feita por Heloisa Buarque de Hollanda (professora da UFRJ e diretora da Aeroplano Editora e Consultoria) e Liv Sovik (professora da UFRJ e organizadora do livro de Stuart Hall, Da Diáspora: identidades e mediações culturais, Editora UFMG, 2003).
Stuart Hall é hoje, no Brasil, um reconhecidíssimo nome da cultura acadêmica. Um dos fundadores da polêmica “pós-disciplina”, os Estudos Culturais, Hall dirigiu o histórico Centro de Birmingham em seu período mais quente e produtivo. Jamaicano, vive na Inglaterra desde 1951 onde é conhecido como um intelectual engajado nos debates sobre as dimensões político–culturais da globalização, a política nacional e os movimentos anti-racistas. Tem dois livros publicados no Brasil: Identidades culturais na Pós-Modernidade e Da diáspora: identidades e mediações culturais.
Nesta entrevista, Hall fala sobre o impacto de sua condição de imigrante jamaicano em sua produção intelectual, como nasceram os Estudos Culturais, porque não se preocupa em publicar livros, as perspectivas do engajamento do intelectual hoje e como ainda é possível se trabalhar criticamente a globalização.
Por Ana Lourenço | Categoria(s): Reportagens | 30/06/2010 às 0:27
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Fim de semana no shopping Midway Mall (Foto: Rodrigo Rafael)
Quem caminha pelos corredores do shopping Midway Mall, no bairro de Lagoa Nova, já deve ter se acostumado com a quantidade e diversidade de pessoas que por lá passam todos os dias. Os estilos, sem dúvidas, são bem diferentes. Basta um passeio pelo local para se surpreender.
São emos, punks, pagodeiros, nerds, pessoas da igreja e muitas outras. Tipos diferentes, mas que escolhem o mesmo lugar para se reunirem e confraternizarem.
Por Daniele Monte | Categoria(s): Videoclipes | 29/06/2010 às 7:37
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“De uma forma curiosa, o pós-colonial prepara o indivíduo para viver uma relação ‘pós-moderna’ ou diaspórica com a realidade. Desde que a migração se tornou o grande evento histórico-mundial da modernidade tardia, a experiência diaspórica se tornou a experiência pós-moderna clássica” (HALL, 2003).
Por Lucas Oliveira | Categoria(s): Artigos | 28/06/2010 às 9:29
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No fim, a pessoa deve escolher, mas não sabe para onde ir (Foto: Image Bank)
Muitas vezes ouvimos falar de “crise de identidade”, quando alguém se queixa de não pertencer a determinada classe ou grupo de pessoas.
De acordo com Stuart Hall, com o advento da pós-modernidade, a identidade do homem passou por um processo de fragmentação. Visto que a sociedade passou a ser progressivamente mais tolerante, diversas correntes de pensamento surgiram e ganharam espaço. Isso fragmentou a então identidade única e sólida do ser, deixando-o sem saber ao quê pertencer e, por consequência, contraindo uma crise de identidade.
Por Cezar Barros | Categoria(s): Artigos | 21/06/2010 às 7:53
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Só o que se fala nas discussões sobre os meios de comunicação é que eles deturpam a cultura, que só passa o que não presta na televisão, que não tem um programa interessante, que manipulam as informações porque pertencem a conglomerados e que blá-blá-blá. Essa é uma visão muito limitada. Os meios de comunicação fazem muito mais que isso.
Por essas discussões, imagina-se que a população é um anjinho e a TV ou outros veículos são os demônios. Nós não somos tão inocentes assim. Sabemos que tudo o que é comunicado tem, muitas vezes, um caráter comercial. Nós queremos comprar. E só é vendido o que se é comprado. Os meios de comunicação pesquisam constantemente o que devem vender e por isso fazem a programação como acham melhor.
Se não há programas de incentivo à cultura é porque as pessoas não querem ver cultura. A aproximação com a realidade é benéfica, mas entra em confronto com o desconforto de ver problemas divulgados massivamente. As pessoas não querem ver o seu estrago, mas o estrago do outro. E assim os meios de comunicação o fazem.